A Vida é a Arte do Desencontro

Quando mais jovem, achava a frase “A vida é a arte do desencontro” pessimista, inverossímel e frustrante. Mas com o passar do tempo, mais madura e depois de algumas experiências, aprendi que ela é muito real e está presente bem ali, virando a esquina.

Quando conhecemos alguém que nos mexeu de alguma forma, nós nos envolvemos, criamos altas espectativas, desgastamos energia, depositamos esperanças, porque no fundo, queremos mesmo encontrar o nosso outro lado da laranja, a tampa da nossa panela. Sonho esse de muitas mulheres. Mas, já perceberam que a maioria das vezes ficamos afim de quem não é afim da gente???

Essa situação é mais normal que do que se possa imaginar. Ocorre todos os dias, com várias mulheres, em diferentes lugares do planeta e com uma frequência absurda, que às vezes queremos bater com a cabeça na parede e gritar ACORRRRDA ALICE!!!

Aí lhes pergunto, porque isso acontece quase sempre???

Vocês não sabem, eu não sei e ninguém pode nos dar essa resposta. Na minha singela opinião, a coisa é muito simples: ninguém é obrigado a corresponder o que sentimos, ninguém é obrigado a ficar também afim da gente....Simples assim. Nos deparamos com esses desencontros tão banais e corriqueiros que chegam a ser quase uma regra e nós somos essa regra.

É claro, que existem as exceções. São as sortudas que são correspondidas na mesma intensidade, na mesma vibe, na mesma sintonia. Ótimo pra elas, essas mulheres tiveram sorte e são a "exceção" de alguns felizardos. Parabéns!!!

Mas amiga, não é porque você não é uma exceção de alguém, que deve-se perder as esperanças. Como já dizia o velho ditado, a esperança é a última que morre. Não é porque você não foi correspondida, que você deve se lamentar ou achar que você nunca dá uma dentro, ou até mesmo culpar os homens marcianos. Nada disso!!! A vida é longa demais, existem pessoas demais, homens demais nesse mundão, que você pode conhecer, se divertir, paquerar, ficar, se envolver, se apaixonar e SER CORRESPONDIDA...Tudo tem sua hora. Eu acredito nisso.

Acabei de rever um filme e sempre é muito bom prestar atenção nele. É um filme até bobo, que inclusive algumas pessoas não curtiram, mas que é um apanhado de situações claras dessa arte do desencontro. É o filme “Ele não está tão afim de você”. Não é nenhum merecedor de oscar, mas vale a pena dar uma olhada. Em referência a ele, vou citar uma passagem muito legal do filme, que deixo aqui como forma de reflexão.

“Um dia, você encontrará um cara maravilhoso e terá um final feliz. Todo filme que vemos, toda história contada, nos implora para que esperemos a reviravolta do terceiro ato; a inesperada declaração de amor; a exceção à regra. Mas, às vezes, nos focamos tanto em achar nosso final feliz, que não aprendemos a ler os sinais. Como distinguir aqueles que nos querem e os que não? Os que ficam e os que vão embora? Talvez esse final feliz, não inclua um homem incrível. Talvez seja você, por conta própria, catando os pedaços e recomeçando. Se guardando para algo melhor no futuro. Talvez, o final feliz, seja apenas seguir em frente. Talvez, o final feliz, seja fazer isso: passar pelas ligações não retornadas e corações partidos, por todos os erros e sinais não vistos, pela dor e vergonha. Mas nunca perca a esperança!!!!”

N.C.